Justiça
bloqueia mais de R$ 500 milhões de empreiteiras investigadas pela Lava Jato
Galvão Engenharia, Camargo Corrêa e
Grupo Sanko têm até 15 dias para apresentar os bens confiscados
Kelly Amorim, do Portal PINIweb
15/Maio/2015
|
A Justiça Federal do Paraná decretou
na última quarta-feira (13) o bloqueio de R$ 241 milhões da empreiteira Camargo
Corrêa e do Grupo Sanko e de R$ 302 milhões da Galvão Engenharia relativos aos
pagamentos de propinas pagas por participação em contratos da Petrobras,
investigadas no âmbito da Operação Lava Jato da Polícia Federal. Os réus das
ações têm até 15 dias para apresentar os bens.
Com
o valor bloqueado anteriormente da Engevix Engenharia,
o montante tornado indisponível de empresas acusadas na Lava Jato alcança R$
700 milhões.
De acordo com o procurador da
República Deltan Dallagnol, com as denúncias divulgadas nesta semana contra
quatro ex-deputados federais e outros nove acusados, chega a 28 o total de
acusações formais perante a Justiça Federal. A investigação tem 128 suspeitos,
além de cinco ações de improbidade.
A Lava Jato tem ainda 15 acordos de
delação premiada, que levaram à restituição voluntária de R$ 570 milhões. Do
total, R$ 369 milhões foram repatriados.
Em nota, a Galvão Engenharia informou
que desconhece a decisão judicial. "Causaria surpresa tal determinação,
pois na ação em que o Ministério Público Federal (MPF) pede a devolução de
valores, ajuizada há cerca de três meses e da qual tivemos conhecimento, não há
referência a qualquer tipo de bloqueio", disse a empresa.
Procuradas pela reportagem, as
empresas Camargo Corrêa e Grupo Sanko ainda não se posicionaram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário