quarta-feira, 30 de outubro de 2019

Construção civil e suas novidades


Conheça as vantagens de empregar molduras de EPS em fachadas
Solução pode ser escolhida em catálogo ou produzida sob medida em qualquer formato para, por exemplo, destacar a logomarca de uma empresa – com custo competitivo e rapidez de execução
01/10/2019 - Hosana Pedroso

 
As molduras de EPS se destacam pela trabalhabilidade (foto: divulgação/Grupo Isorecort)

A aplicação de molduras em fachadas é uma forma de valorizar um empreendimento, desde os corporativos até os residenciais, passando por indústrias, hospitais e escolas. Mais do que simples detalhes pontuais, esses volumes emprestam movimento às fachadas. Sua geometria pode ser reta ou sinuosa ou, ainda, compor a logomarca de uma empresa. No passado, as molduras eram construídas localmente com argamassa ou concreto. Mais recentemente, foram substituídas pelo poliestireno expandido (EPS), que oferece inúmeras vantagens.

A aceitação das molduras de poliestireno expandido pelo mercado se deve, em primeiro lugar, pela trabalhabilidade do material, que permite cortar chapas e blocos em qualquer formato e com grande facilidade. “Os elementos decorativos que eram feitos em concreto e argamassa por artesãos – profissão praticamente desaparecida – hoje chegam prontos ao canteiro e podem ser aplicados facilmente por uma mão de obra mais simples, viabilizando a arquitetura da fachada”, diz o engenheiro Denilson Rodrigues, consultor técnico do Grupo Isorecort.
"Os elementos decorativos que eram feitos em concreto e argamassa por artesãos hoje chegam prontos ao canteiro e podem ser aplicados facilmente por uma mão de obra mais simples, viabilizando a arquitetura da fachada", Denilson Rodrigues
As opções de molduras de EPS estão disponíveis em catálogo, para escolha do arquiteto. É possível, também, encomendar à empresa peças únicas, inclusive para projetos que reproduzem arquitetura de época. “Uso interessante é na reconstituição das fachadas de prédios históricos, que perderam parte de seus detalhes. Por seu baixo custo, o poliestireno expandido acaba viabilizando financeiramente a obra”, comenta Rodrigues, revelando, ainda, que os cenários de novelas, simulando verdadeiras cidades, utilizam amplamente o EPS.
Por se tratar de material industrializado, fabricado em escala e com controle de qualidade, essas molduras apresentam precisão milimétrica. Além disso, a obra de fachada que recebe a solução é rápida. “Enquanto um artesão especializado levaria 15 dias para produzir esses artefatos em concreto para um sobrado de 10 m de frente com dois pavimentos, o pedreiro conclui o serviço em apenas um dia se usar o EPS”, aponta Rodrigues. Ainda comparando, ele afirma que o custo das molduras de poliestireno expandido é muito menor do que as de concreto ou argamassa.
 
Foto: divulgação/Grupo Isorecort

ESPECIFICAÇÃO
A especificação das molduras de poliestireno expandido tem início com a escolha que o proprietário ou o arquiteto faz do tipo, volume e geometria das peças, a partir do catálogo do Grupo Isorecort. Outra opção – com custo maior –, é o cliente criar as molduras que serão viabilizadas pela equipe da empresa, que desenvolve o gabarito metálico, base da produção. Em ambos os casos, o arquiteto envia para o Grupo Isorecort o desenho da fachada em 2D ou 3D, de maneira a dar coerência ao material que será aplicado.

“A densidade normalmente utilizada é a 2F. Exceto em casos específicos com peças fora do padrão em largura e espessura, ou então, com desenhos mais elaborados. Essa situação é recorrente no alto de alguns edifícios, com peças que não raramente ultrapassam cerca de 1,5 m de largura x 1 m de espessura, por exemplo. Muitas vezes, usa-se a própria logomarca ou o nome da empresa ali sediada, recortados/modelados em EPS (em fresas ou mesas de corte com CNC) revestidos com argamassa. Não existe limite de dimensões, mas quanto maior a peça e os detalhes, maior será a densidade do EPS”, explica o consultor.
Molduras maiores pedem, também, fixação que vai além da argamassa cimentícia colante, padrão para as peças com até 20 cm. “Elas podem exigir ancoragem metálica, chumbadores e buchas. Estudamos e apontamos as soluções de fixação específicas para cada caso”, adianta, lembrando que, ainda assim, o custo-benefício das molduras de EPS é muito diferenciado em comparação ao concreto.
 
Foto: divulgação/Grupo Isorecort

ACABAMENTO
O Grupo Isorecort desenvolveu uma argamassa cimentícia específica (à base de polímeros importados) que é mais flexível do que a convencional. “Os produtos comuns recebem uma camada de 3 a 5 mm de argamassa. Como fica exposta ao tempo, ela tende a fissurar, pois não tem elasticidade suficiente para absorver os movimentos de retração e dilatação, é muito rígida”, explica Rodrigues, destacando que a argamassa polimérica do Grupo Isorecort garante, ainda, longa vida útil às molduras de poliestireno expandido.
Depois de fixadas à fachada com argamassa flexível ACIII, as molduras podem ser rejuntadas com a mesma resina polimérica do pré-acabamento. A finalização pode ser em qualquer tipo de pintura, como as texturas, ou revestimentos do tipo cerâmico e outros. “Um cliente que tem um prédio todo em tijolo revestiu as molduras de EPS com tijolinho aparente”, conta. Deve-se, no entanto, dar atenção especial à fixação das molduras quando se utiliza revestimento um pouco mais pesado, pois a peça terá que suportar uma carga extra.
“Se a moldura for aplicada sobre revestimento já existente, recomendamos que seja feita uma escarificação ou, pelo menos, um apicoamento, de maneira a criar uma ponte de aderência para a argamassa. A aplicação ideal das molduras é sobre o reboco cru, o concreto ou o bloco de concreto, materiais que têm melhor aderência”, orienta.
"A aplicação ideal das molduras é sobre o reboco cru, o concreto ou o bloco de concreto, materiais que têm melhor aderência", Denilson Rodrigues