ETE
Barueri, na Grande São Paulo, inicia segunda etapa de ampliação de capacidade
A Construtora Passarelli, empresa
que atua na área de infraestrutura, anunciou o início da segunda etapa de
ampliação da capacidade da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de Barueri,
na Grade São Paulo. Com previsão de entrega para outubro de 2018, a obra
permitirá o aumento da capacidade de 12 mil litros para 16 mil litros de esgoto
por segundo.
Com investimento de R$ 390
milhões pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Banco Nacional
de Desenvolvimento (BNDES) a estação de tratamento é a segunda maior da América
Latina, sendo capaz de retirar atualmente, 216 milhões de litros por dia do Rio
Tietê e do Rio Pinheiros, devolvendo 2,5 mil litros de água tratada por
segundo.
Vale destacar que durante toda a
obra, a ETE segue em operação regular, pois devido ao tratamento biológico nos
tanques de aeração, o sistema pode ser paralisado por apenas quatro horas. O
local atende o dejeto de 1,2 milhão de habitantes das zonas norte, oeste e sul
da capital, bem como as cidades de Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes,
Itapecerica da Serra, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra.
As empresas Passarelli e
Engeform, que compõem o Consórcio Barueri, assumiram desde maio de 2013 as
obras de ampliação da ETE, que teve como primeira etapa a ampliação de 9,5 mil
litros para 12 mil litros de esgoto tratado por segundo.
Tratamento
Para o tratamento completo de
esgoto, são necessárias sete etapas, separadas por Líquida e Sólida. A fase
líquida se inicia pelo Canal das Grades, responsável pela remoção dos sólidos
com mais de 6mm, segue para as Caixas de Areia que evitam que a areia infiltre
no tratamento, que são direcionados para os Decantadores Primários, com seis
tanques que raspam o lodo e reduzem a matéria orgânica.
O lodo proveniente dos
Decantadores Primários é direcionado ao Gradeamento de Lodo Primário, a
primeira etapa da fase Sólida, que tem a função de descartar o material
gradeado e direcionar o efluente aos Adensadores por Gravidade, que realizam
nos quatro tanques de 29 m de diâmetro cada a concentração da massa de sólidos
suspensos de 1% para 4%.
Após os Adensadores por
Gravidade, vem a etapa de Adequação dos Digestores Anaeróbios que conta com
oito tanques digestores, que direcionam o Biogás aos três tanques de
Queimadores de Biogás para queimá-los.
O Edifício dos Compressores,
possui três compressores de ar que alimentam os oito tanques de aeração de
20.000 m³ cada, responsáveis por remover a matéria orgânica por meio de reações
bioquímicas realizadas por microrganismos aeróbios. Por fim, toda a matéria
restante é direcionada aos seis tanques circulares de decantação secundária,
com 46 m de diâmetro e volume de pelo menos 6.700 m³ cada. Estes decantadores
possuem as mesmas funções que os primários, com a diferença que descarregam
todo o efluente no rio Tietê, com redução de pelo menos 80% de Demanda
Bioquímica de Oxigênio (DBO).
Confira a entrevista com o
engenheiro civil responsável, José Molina, que cita os principais desafios das
obras.
Por
Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb
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