sábado, 20 de maio de 2017

Corrupção que acaba com o Brasil



MPRJ pede devolução de R$ 3,17 bilhões relacionados às obras da Linha 4 do metrô do Rio de Janeiro
Entre os réus da ação, estão o ex-governador do estado Sérgio Cabral e as construtoras Odebrecht, Queiroz Galvão e Carioca Engenharia
Gabrielle Vaz, do Portal PINIweb
4/Maio/2017



Foi ajuizada na última terça-feira (2) uma ação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 4ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania da Capital, contra o ex-governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, três ex-secretários de Transportes, servidores e empreiteiras.

 A ação tem como propósito condenar por improbidade administrativa os envolvidos nas irregularidades do contrato de implementação da Linha 4 do Metrô do Rio, que liga a Zona Sul à Barra da Tijuca, além de devolverem R$ 3,17 bilhões aos cofres públicos.

Foi requerido pelo MPRJ uma ação pela a 6ª Vara de Fazenda Pública da Capital que os réus paguem por danos morais causados a população e ao governo do estado o valor inicial de R$ 30 milhões, que é correspondente a 10% do dano provocado pelas irregularidades do contrato, além da requisição de indisponibilidade de bens de todos os acusados.

A Linha 4 do Metrô teve seu primeiro contrato de concessão assinado em 1998, pelo governador carioca na época, Marcello Alencar, e a Concessionária Rio Barra, mas não tiveram suas obras iniciadas. Em 2010, sob a administração do ex-governador Sérgio Cabral, a contratação foi retomada com a urgência de atender o evento da Copa do Mundo de 2014 e da Olimpíada de 2016.

Com a nova contratação, houve alteração em quatros termos aditivos, onde, após investigações do MPRJ, foram observadas irregularidades nas mesmas modificações contratuais, configurando-as como falhas de planejamento. A principal alteração foi no Termo Aditivo nº1, que teve o trajeto inicial modificado sem elaboração prévia, estudos técnicos e análise de viabilidade econômico-financeira.

São responsáveis pelas alterações nos termos aditivos Cabral, os ex-secretários estaduais de Transportes Júlio Lopes, Carlos Osório e Luiz Carlos Velloso; as empresas Odebrecht, Queiroz Galvão, Carioca Engenharia, Cowan e Servix; e os consórcios Rio Barra (CCRB) e Linha 4 Sul (CL4S); responsáveis pela administração da estatal RioTrilhos e da Agência Reguladora de Transportes do Estado do Rio de Janeiro (AGETRANSP).

As irregularidades aconteceram dentro do período de março de 2010 e outubro de 2015 nos setores de planejamento, gestão e execução dos contratos, além de superfaturamento e sobre preço, conforme o relatório técnico da Coordenadoria de Auditoria de Obras e Serviços de Engenharia do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), que compõe o processo que está na Corte Estadual de Contas.
No total são 14 irregularidades de superfaturamento e sobrepreço, envolvendo oito réus que eram responsáveis fiscais, no desperdício de concreto, espalhamento e compactação para o bota-fora, transporte indevido de material escavado em caminhões fora do previsto, concreto com preço superestimado, pagamento de serviço sem valor previsto em contrato e sobrepreço geral de serviços.

Há uma investigação em início pela Subprocuradoria-Geral de Justiça de Assuntos Cíveis e Institucionais, sob delegação do procurador-geral de Justiça, Eduardo Gussem, para investigar a suposta participação do atual governador Luiz Fernando Pezão. Além de um inquérito em andamento pelo MPRJ sobre as obras da Estação Gávea, que estava prevista para entrega em janeiro de 2018, mas que estaria paralisada.

LISTA DE RÉUS: 

Núcleo da Administração Superior: Sérgio Cabral (ex-governador), Júlio Lopes (ex-secretário Estadual de Transportes e ex-diretor-presidente da Riotrilhos), Carlos Roberto Osorio (ex-secretário estadual de Transportes) e Luiz Carlos Velloso (ex-Subsecretário Estadual de Transportes)

Núcleo da Diretoria da RioTrilhos: Júlio Lopes (ex-secretário estadual de Transportes e ex-diretor-presidente da Riotrilhos), Bento José de Lima (diretor de engenharia), Tatiana Vaz Carius (diretora-presidente), Heitor Lopes de Sousa (diretor de Engenharia) e Air Ferreira (gerente do Departamento de Controle Técnico)

Núcleo Empresarial: Concessionária Rio Barra S/A, Queiroz Galvão Participações Concessões S/A, Odebrecht Participações Investimentos S/A, Zi-Participações S/A, Construtora Norberto Odebrecht S/A, Construtora COWAN S/A, Servix Engenharia S/A, Construtora Queiroz Galvão S/A, Consórcio Construtor Rio-Barra; Consórcio Construtor Linha 4 Sul Carioca; Carioca Christiani Nielsen Engenharia S/A; e ZI-GORDO S/A.

Núcleo AGETRANSP: Luiz Antonio Laranjeira (ex-presidente) e César Mastrangelo (ex-presidente).

Núcleo de Fiscais da Obra: Francisco Ubirajara Gonzales Fonseca; Carmen de Paula Barroso Gazzaneo; Isabel Pereira Teixeira; Francisco de Assis Torres; Marco Antônio Lima Rocha; Luiz Reis Pinto Moreira; Eduardo Peixoto d'Aguiar; João Batista de Paula Junior.


terça-feira, 9 de maio de 2017

A resistência do Solo



Geofix executa parede diafragma em solo com resistência acima de 50 golpes

Com corpo técnico qualificado e consistente, empresa fez a escavação utilizando perfuratrizes e guindastes hidráulicos

Estudo de caso: Obra de edificação comercial e residencial - Parque da Cidade / Chácara Santo Antônio, São Paulo



Proprietário da obra:
Não divulgado
Contratante: Odebrecht Realizações Imobiliárias
Local da obra: Chácara Santo Antônio, São Paulo
Data de execução do serviço (parede diafragma): Início: Setembro de 2011 / Conclusão: Junho de 2012
Empresa que realizou o serviço: Geofix Fundações

DESCRIÇÃO DO LOCAL

Obra de edificação comercial e residencial localizada na Chácara Santo Antônio, São Paulo, em perímetro urbano e próximo ao Rio Pinheiros. O programa é marcado por sua área extensa, que abrange mais de 16 mil m², e terreno nivelado. No local, estava a antiga fábrica da Monark.

DESAFIO

O desafio estava em executar a parede diafragma até a cota de projeto, na qual grande parte da escavação precisava ser em solo de alta resistência e acima de 50 golpes. Ao mesmo tempo, foi necessário realizar a descida da armadura conforme a exigência técnica da obra, além da concretagem da lamela. Todos os serviços com rigoroso padrão de segurança do trabalho e meio ambiente.

Para atender este tipo de serviço a obra exigia equipamentos modernos, de padrão internacional, soluções e procedimentos eficientes, além de uma empresa composta de corpo técnico qualificado e consistente para acompanhar toda a operação.

SOLUÇÃO

Ficou a cargo da Geofix, referência na engenharia de fundações e geotécnica, a realização de todo o processo. O método utilizado foi a moldagem in loco da parede diafragma, executada com diafragmadora hidráulica, guindaste auxiliar de 80 toneladas e central recicladora / floculadora de lama bentonítica.



“Nessa obra encontramos um solo muito resistente. Para alcançar a cota de ponta exigida no projeto, apostamos no método de ‘furo de alívio’, com equipamento de hélice contínua até atingir a cota de fundo da parede. Isso foi executado em duas frentes de serviço simultâneo, sendo que cada uma foi composta por uma perfuratriz e um guindaste. Assim, conseguimos cumprir o cronograma da obra em nove meses”, explica Adriano Santos, engenheiro da Geofix.

DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS

Com grande multiplicidade de aplicações, como escavações provisórias ou permanentes (estações, subsolos de edifícios, casa de bombas), obras portuárias e barragens , as paredes moldadas no solo são cortinas executadas que possibilitam o preenchimento de concreto numa trincheira aberta no terreno que, por sua vez, é mantida estável com o auxílio de uma lama especial. O processo permite uma execução sem vibrações e sem ruído das estacas, atravessa camadas de grande resistência, entre outras vantagens.


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Obra de expansão de hospital contou com maquinários modernos e serviços especializados oferecidos pela Geofix