SMA é
alternativa asfáltica para revestimento de corredores de ônibus
Usada na Fórmula 1, mistura tem maior resistência a
deformação permanente, elevada resistência ao trincamento por fadiga e maior
vida útil do que solução asfáltica convencional
Por
Gisele Cichinelli
Edição
56 - Março/2016
Baixa
velocidade dos veículos e esforços horizontais elevados nas proximidades de
paradas e em aclives podem gerar deformações permanentes nas faixas exclusivas
Também conhecida no Brasil como
matriz asfáltica pétrea, a mistura SMA (do inglês, Stone Matrix Asphalt)
tem sido empregada pelo mundo em vias com condições severas de tráfego, como
paradas e faixas exclusivas de ônibus. Esse tipo de revestimento asfáltico
usinado a quente é constituído por ligantes asfálticos especiais modificados
por polímeros e agregados graúdos cúbicos, com escassa presença de agregados
miúdos.
O SMA não é uma solução nova. Foi
desenvolvido em 1968 na Alemanha e hoje é a mistura asfáltica especificada pela
Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para os autódromos que recebem
provas de Fórmula 1 devido a sua elevada resistência e drenabilidade. Essas
características também a tornam uma boa alternativa para os corredores
destinados a veículos pesados de transporte coletivo.
Comparado com o pavimento de
concreto Portland (PCP), comumente utilizado nos corredores de ônibus no País,
o SMA apresenta maior qualidade de rolamento, facilidade de aplicação (pode,
inclusive, ser aplicado sobre o PCP) e maior drenabilidade, além de não exigir
tempo de cura. 'Já quando comparado às misturas convencionais, apresenta maior
resistência a deformação permanente, elevada resistência ao trincamento por
fadiga e maior vida útil', observa o engenheiro Gerson da Silva Pereira,
coordenador do Comitê Técnico da Associação Brasileira das Empresas
Distribuidoras de Asfaltos (Abeda).
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