sábado, 28 de maio de 2016

Asfalto excepcional



SMA é alternativa asfáltica para revestimento de corredores de ônibus
Usada na Fórmula 1, mistura tem maior resistência a deformação permanente, elevada resistência ao trincamento por fadiga e maior vida útil do que solução asfáltica convencional
Por Gisele Cichinelli
Edição 56 - Março/2016


  Baixa velocidade dos veículos e esforços horizontais elevados nas proximidades de paradas e em aclives podem gerar deformações permanentes nas faixas exclusivas


Também conhecida no Brasil como matriz asfáltica pétrea, a mistura SMA (do inglês, Stone Matrix Asphalt) tem sido empregada pelo mundo em vias com condições severas de tráfego, como paradas e faixas exclusivas de ônibus. Esse tipo de revestimento asfáltico usinado a quente é constituído por ligantes asfálticos especiais modificados por polímeros e agregados graúdos cúbicos, com escassa presença de agregados miúdos.

O SMA não é uma solução nova. Foi desenvolvido em 1968 na Alemanha e hoje é a mistura asfáltica especificada pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para os autódromos que recebem provas de Fórmula 1 devido a sua elevada resistência e drenabilidade. Essas características também a tornam uma boa alternativa para os corredores destinados a veículos pesados de transporte coletivo.

Comparado com o pavimento de concreto Portland (PCP), comumente utilizado nos corredores de ônibus no País, o SMA apresenta maior qualidade de rolamento, facilidade de aplicação (pode, inclusive, ser aplicado sobre o PCP) e maior drenabilidade, além de não exigir tempo de cura. 'Já quando comparado às misturas convencionais, apresenta maior resistência a deformação permanente, elevada resistência ao trincamento por fadiga e maior vida útil', observa o engenheiro Gerson da Silva Pereira, coordenador do Comitê Técnico da Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfaltos (Abeda).

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