quarta-feira, 22 de abril de 2015

Reciclagem na construção civil.

MRV Engenharia transforma resíduos construtivos em peças para compor muros de empreendimentos.

Sistema de reciclagem em operação em Uberlândia economizou R$ 3,5 mil em compra de materiais em três meses
Kelly Amorim, do Portal PINIweb





A MRV Engenharia está transformando resíduos construtivos da Classe A em peças para a estrutura dos chapéus dos muros dos empreendimentos na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais. São utilizados materiais como restos de blocos, sobras de cerâmica, argamassa e corpos de prova de concreto estrutural, que passam por processos de moagem e aglutinação dos resíduos sólidos.
A ação, de acordo com a construtora, contribui significativamente para a redução de resíduos produzidos no canteiro e descartados no meio ambiente e para a redução dos custos da construção, já que a empresa não compra mais as peças para concluir os muros dos empreendimentos.
"Foi desenvolvido um traço para o concreto e fez-se os rompimentos necessários para verificação da resistência da peça. Para a fabricação unta-se a forma com desmoldante a base de água, preenche-se as formas com o concreto e no dia seguinte faz-se a desfôrma. As peças ficam em processo de cura por 15 dias e depois são transferidas para a obra para devida aplicação", explica o gestor de Obras da MRV Leonardo Sampaio.

Em três meses, o processo economizou mais de R$ 3,5 mil em compra de materiais. Ainda segundo Sampaio, a ideia surgiu dentro do Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PRGRCC), que prevê diversas ações para reaproveitar os resíduos gerados no processo construtivo dos empreendimentos, evitando o descarte em caçambas de entulho.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Novas alternativas para a construção civil

Minha Casa, Minha Vida entrega o primeiro residencial do Paraná construído com woodframe
Sistema desenvolvido pela Tecverde permitiu a construção de 66 imóveis em seis meses
Kelly Amorim, do Portal PINIweb







O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) do Governo Federal entregou na última segunda-feira (23) o primeiro condomínio residencial com imóveis construídos em woodframe do Paraná. Chamado de Moradias Nilo, em Curitiba, o empreendimento de R$ 4 milhões com 66 unidades residenciais unifamiliares foi construído em seis meses pela empresa Tecverde.

O método construtivo utilizado permite que uma residência, sem a cobertura, seja edificada em menos de três horas. A construção do condomínio durou, portanto, cerca de metade do prazo normal para uma obra convencional do mesmo porte, além de ter redução de 75% da demanda por mão de obra e de gerar apenas 25% dos resíduos de um canteiro comum.
A tecnologia sustentável a seco, homologada pela CAIXA e o Ministério das Cidades, permite que as paredes sejam montadas com painéis madeira autoclavada para garantir a proteção contra cupins e umidade. Sobre a estrutura, foi instalado isolamento térmico e acústico e fixadas chapas de cimento na face externa. No interior das paredes, o acabamento é feito em gesso. As casas têm garantia de dez anos e média de durabilidade de 50 anos.
O Moradias Nilo também é o primeiro residencial do município que conta com sistema de aquecimento solar de água. Cada casa recebeu um equipamento que consiste em uma placa de vidro instalada no telhado e conectada a um reservatório térmico de inox, que por sua vez se liga à caixa d'água. No interior da placa de vidro, existe uma serpentina de condutores de energia feitos de cobre e alumínio. A função da placa é captar a radiação solar e aquecer a água que passa pela serpentina.

A instalação do aquecimento solar representa menos de 5% do custo de cada unidade e reduz em até 50% o consumo residencial de energia elétrica. Como em Curitiba os dias nublados são intermitentes, o equipamento conta com um sistema auxiliar de energia elétrica para garantir o fornecimento de água quente nessas condições.
Os imóveis foram entregues a famílias com renda de até R$ 1,6 mil no âmbito do programa habitacional.